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Conferência discute políticas públicas para diversidade
Secretário do Mec pontua planos do governo que contemplem a educação indígena
Conferência discute políticas públicas para diversidade
24/09/2004 20:35:12
por Coordenadoria de Comunicação Social

“A única forma de enfrentarmos as desigualdades é trazendo o valor das diferenças para o centro dos projetos educacionais e dos sistemas de ensino” com base nessa afirmação o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério de Educação, Mec, Ricardo Henriques, dirigiu sua fala a cerca de 38 etnias e movimentos indigenistas, universidades e organismos internacionais que participam, em Mato Grosso da I Conferência Internacional sobre o Ensino Superior Indígena. O evento realizado até amanhã (23.09) na Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat no ,i>Campus de Barra do Bugres reúne entre os participantes representações de 5 países latino-americano, além de membros da Organização das Nações Unidas, ONU, e da Unesco, Organizações das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura.

Segundo Henriques, o ministério tem um tratamento de destaque para agenda da diversidade por entender que todo o processo de desigualdade educacional e de exclusão, que se dá a partir o sistema de ensino, deve ser revertido por meio da implantação de uma agenda que reforce a valorização das diferenças e da diversidade tanto no ensino formal, não-formal como na educação em geral.

“A diversidade étnico racial, regional, dos povos indígenas, dos quilombolas, dos povos do campo, tem que ser elementos chaves de um outro processo pedagógico e de práticas de ensino que possa definir, para a sociedade como um todo, que o campo que necessário para desenvolver a educação é o que valoriza as diferenças. E que não traduz diferenças em desigualdades”, afirma o Henriques.

FORMAÇÃO

A atuação da Universidade do Estado de Mato Grosso frente ao Projeto de Formação de Professores Indígenas ( 3º Grau indígena) foi ressaltada pelo secretário, que caracterizou os cursos como “ absolutamente exemplares”, elencando os resultados positivos dos cursos de licenciaturas indígenas no aumento da escolaridade das crianças e adolescentes indígenas e para manter o sistema de educação intercultural e multilingue.

“ Essa experiência expressa o valor substantivo da questão da diversidade e o entendimento de que uma estratégia de aumento da escolarização indígena solicita um aumento da formação universitária desses professores” acrescenta Henriques afirmando que mais de 3 mil e 500 professores indígenas ainda não tem o ensino médio.

POLÍTICAS

Entre as prioridades do governo, segundo o secretário, está a garantia de assegurar para os indígenas além do acesso ao ensino superior, em todas as áreas de formação, a permanência e o sucesso no desempenho escolar. Ele elencou algumas políticas que estão sendo implantadas para assegurar essas necessidades, como a melhoria dos sistemas de pré-vestibulares, agenda que trata de cotas específicas em universidades públicas e indução de cotas para universidades privadas, bem como o investimento em bolsas de permanência para jovens indígenas que já estão na Universidade.

SEMINÁRIO

Além da participação em mesas e debates o secretário, em conjunto com o coordenador geral da área indígena no Mec, Kleber Matos, participa de reuniões com as representações indígenas. Após a conferência eles abrirão o Seminário sobre Políticas de Educação Escolar Indígena. O evento realizado pela Secad no domingo dia 26, no auditório da Unemat em Barra do Bugres, contará com a presença de 130 participantes para discutir a educação escolar indígena no estado em todos os níveis de ensino.



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